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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Micose fungóide

Definição:
Micose fungóide é forma rara do linfoma de células T da pele (cutâneo); a doença é tipicamente lentamente progressiva e crônica. Em pessoas com micose fungóide, a pele torna-se infiltrada com placas e nódulos que são compostos por linfócitos. Em casos avançados, tumores ulcerados e infiltração dos linfonodos pelas células da doença podem ocorrer. A desordem pode se espalhar para outras partes do corpo, incluindo o sistema gastrintestinal, fígado, baço ou cérebro

Curiosidade:
N
egros são 1,7 vezes mais afectados que os brancos e os asiáticos 0,6 vezes menos que os brancos .


Micose Fungóide é um linfoma de células T , que primariamente afecta a pele , com disseminação para os nódulos linfáticos e vísceras , ocorrendo mais tarde no decurso da doença . É caracterizada por grandes linfócitos T malignos ( denominadas células micóticas ) , que tem núcleo hipercromático, lobulado irregularmente , cerebriformes e um fenótipo de células T auxiliares .

Fibromialgia


A fibromialgia é uma condição crônica caracterizada por dor muscular e articular generalizada, assim como pontos específicos de sensibilidade aumentada, principalmente no pescoço, coluna, quadris e ombros. Embora possa acometer todas as faixas etárias, a fibromialgia acomete mais indivíduos entre os 35 e 50 anos, tendo uma preferência notável por mulheres (cerca de 10 a 15 mulheres para cada homem).

É uma doença de distribuição universal, não havendo diferença quanto a raça, cor ou condição sócio-econômica. Os estudos de prevalência mostram que cerca de 3 a 5% das mulheres adultas e 0,5 a 0,8% dos homens sofrem dessa doença. No Brasil, estima-se que 5% das consultas em clinica médica e 30% das consultas em reumatologia, sejam devidas à fibromialgia.

O que causa a Fibromialgia?

A fibromialgia não tem uma causa definida, sendo influenciada por alterações climáticas, estresse emocional, grau de atividade física, etc. Dentre as diversas possíveis causas de fibromialgia estão: distúrbios infecciosos (infecção pelo HIV, por exemplo), reumatológicos (lúpus), endocrinológicos (hipotireoidismo), neurológicos, neoplásicos (mieloma múltiplo) e mesmo psiquiátricos (distúrbios de ansiedade).

Como é feito o diagnóstico?

Por não haver qualquer tipo de exame laboratorial ou exame específico de confirmação, o diagnóstico da fibromialgia baseia-se na queixa de dor crônica difusa (acima, abaixo e em ambos lados da cintura) por pelo menos 3 meses, associada ao achado de no mínimo 11 dos 18 pontos dolorosos, definidos pelo Colégio Americano de Reumatologia. Um ponto é considerado doloroso quando o paciente sente dor aplicando-se uma força de aproximadamente 4Kg. Um dos pontos dolorosos é a região lateral das nádegas, na sua parte mais alta.

É importante frisar que o diagnóstico de fibromialgia não elimina a necessidade de investigar a presença de outras doenças, especialmente em pacientes mais idosos.

Outras doenças podem ter sintomas semelhantes aos da fibromialgia?

Devido ao grande número de sintomas que podem ser encontrados, deve ser feito diagnóstico diferencial com outras doenças como hepatite, hipotireoidismo, diabetes mellitus, distúrbio eletrolítico, esclerose múltipla e câncer. A presença concomitante de qualquer outra doença não exclui o diagnóstico de fibromialgia.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Infarto do Miocárdio



O vídeo está em inglês, mas dá pra entender como acontece um infarto do miocárdio.

Alergia

CHOQUE ANAFILÁTICO

Anafilaxia é um tipo de alergia e bastante perigosa. Trata-se de uma doença que afeta todos os órgãos do corpo humano, levando a problemas respiratórios, inchaço nos lábios, língua e garganta, náuseas, vômito, dor abdominal, queda da pressão, convulsões e perda de consciência, podendo chegar à morte. Esses sintomas aparecem rapidamente após o contato com o agente desencadeador da alergia - o que, muitas vezes, deixa pouco tempo para o atendimento hospitalar. A reação anafilática acontece como resposta do organismo a determinada substância alergênica. Os principais fatores desencadeantes são alimentos (camarão, amendoim), látex (borracha), medicamentos (penicilina, principalmente) e venenos de insetos (picadas de vespas, abelhas, formigas).

Diga NÃO ao Ato Médico

http://www.atomediconao.com.br/

Microscopia


Rim. Processos: Hipotrofia. Isquemia. Hipertensão arterial. Observamos à direita, rim cuja artéria renal foi estenosada experimentalmente. Neste rim a acentuada redução do fluxo sanguíneo (isquemia) pela estenose arterial produz acentuada hipotrofia dos túbulos e glomérulos. A hipotrofia glomerular é representada pela redução de seu volume, deixando um espaço subcapsular aumentado. A hipotrofia tubular reduz o espaço interglomerular e os glomérulos são vistos mais próximos uns dos outros. Este rim produz grande quantidade de renina. À esquerda da figura, observa-se rim que permaneceu com artéria normal em animal com isquemia do rim do lado oposto (descrito acima). A isquemia de um dos rins leva a hipertensão arterial. A maioria das alterações observadas neste rim com artéria normal deve-se aos efeitos da hipertensão arterial e em menor parte ao aumento das exigências funcionais por causa da redução da função excretora do outro rim. Há dilatação tubular acentuada e os gloméulos são pouco numerosos.


Isquemia

Esclerite anterior necrotizante com inflamação

É a forma mais severa de esclerite. O início é gradual, com dor e hiperemia ocular localizada. Freqüentemente a esclerite anterior necrotizante com inflamação está associada com doença do tecido conjuntivo soropositiva.Pode ser do tipo vaso-oclusiva ou granulomatosa. A esclerite necrotizante pode ser a manifestação inicial de uma doença sistêmica potencialmente letal. Ocorre a morte de 25% dos pacientes em 5 anos devido à doença sistêmica.

Esclerite anterior nodular


É uma apresentação comum das doenças esclerais. Caracteriza-se por hiperemia e edema, com nódulo escleral localizado, doloroso e imóvel. A mobilidade do nódulo faz o diagnóstico diferencial com episclerite nodular anterior. É doença de severidade intermediária, podendo evoluir para necrose.

Esclerite anterior difusa

Apresenta hiperemia superficial e profunda associada a edema escleral, envolvendo uma parte ou toda a esclera. A distorção do plexo vascular é característica, com perda do padrão radial normal. É relativamente benigna e raramente progride para forma nodular.

Episclerite nodular


Inflamação episcleral localizada com hiperemia, edema e formação de nódulo que pode ser movimentado sobre a esclera. Tende a recorrer no mesmo local. Pode estar associada com doenças sistêmicas.

Episclerite simples



Apresenta hiperemia setorial e, às vezes, difusa da episclera. Geralmente é recorrente, benigna e idiopática.

Episclerite

É uma doença benigna, aguda e autolimitada, que cursa com desconforto ocular, hiperemia e lacrimejamento com duração variável entre 2 a 21 dias. A sua freqüência é maior que a da esclerite, sendo que há relato de progressão de episclerite para esclerite em 0,3% dos casos.

A episclerite afeta principalmente mulheres jovens e de meia-idade, porém há casos descritos em crianças com idade a partir de 13 meses. Apresenta acometimento unilateral em até 2/3 dos casos em adultos e 1/2 dos casos em crianças(2). Pode apresentar recorrência no mesmo olho ou no contralateral. Há associação com doença sistêmica em aproximadamente 32% dos casos, sendo as mais comuns doenças do tecido conjuntivo como artrite reumatóide, granulomatose de Wegener, pan-arterite nodosa, lupus eritematoso sistêmico(3). As complicações oculares são pouco freqüentes e geralmente leves.


Sarcoma Vs Carcinoma

Todo médico gosta de dizer "Fulano apresenta um sarcoma em tal lugar...", ou "Temos de começar o tratamento para o seu carcinoma". O que eles não lembram, é que a maior parte da população não faz a menor idéia do significado dessas palavras, só sabem que é câncer e ponto. Vou explicar de forma simples qual é a diferença entre os dois:


O Sarcoma é um tumor maligno (para mais informações sobre tumores leia Tumor Vs Câncer), ou seja uma neoplasia maligna que tem origem no tecido conjuntivo "Hááá, e o que é o tecido conjuntivo?". O tecido conjuntivo é a camada de células que está por baixo da pele (tecido epitelial, outro dia eu faço um post explicando as diferenças entre os tecidos). Se o tumor for em um músculo, dizemos que é um "Miosarcoma", caso seja em um músculo liso então é um "Leiomiosarcoma", caso seja um músculo esquelético, chamamos de "Rabdomiosarcoma" e se for em um músculo cardíaco, então o indivíduo está fudido (Depois também faço um post explicando a diferença entre os tipos de músculos).




A principal diferença do sarcoma para o carcinoma, é a sua localização. O Carcinoma tem origem no tecido epitelial, ou seja: pele, mucosas ou glândulas. Por ser Neoplasia maligna, também pode causar metástase e trazer muita dor de cabeça. O carcinoma mais comum é o famoso Melanoma, também conhecido como Câncer de pele.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Infarto Agudo do Miocárdio


Definição
É a morte das células de uma porção do músculo do coração em decorrência da formação de um coágulo (trombo) que interrompe, de forma súbita e intensa o fluxo de sangue no interior da artéria coronária, levando à morte celular.
Causa
A principal causa do infarto é a aterosclerose, processo no qual placas de gordura se desenvolvem, ao longo dos anos, no interior das artérias coronárias criando dificuldade à passagem do sangue.
Na maioria dos casos, o infarto ocorre quando há o rompimento de uma dessas placas levando a formação do trombo e interrupção do fluxo sangüíneo.
Cada artéria coronária irriga uma região específica do coração. Sendo assim, a localização do infarto dependerá da artéria obstruída.
Mais raramente, o infarto pode ser causado por espasmo da artéria coronária (contração súbita da parede da artéria) interrompendo o fluxo de sangue ou por desprendimento de um coágulo originado dentro do coração e que se aloja no interior da coronária.
Diagnóstico
Os principais exames que, juntamente com a avaliação clínica, auxiliam no diagnóstico do infarto são:
Eletrocardiograma (ECG)
Exame de grande importância para o diagnóstico do infarto. Permite definir o tipo de infarto (com supra ou sem supra), a localização do infarto e o melhor tratamento.
Troponinas e CKMB
São substâncias liberadas pelas células lesadas do músculo cardíaco e detectadas no sangue. Confirmam o diagnóstico de infarto.

Sintomas
• Dor ou desconforto no peito que pode irradiar-se para as costas, mandíbula, braço esquerdo e, mais raramente, para o braço direito; A dor costuma ser intensa e prolongada, acompanhada de sensação de peso ou aperto sobre tórax. Menos freqüentemente, a dor é localizada no abdome, podendo ser confundida com gastrite ou esofagite de refluxo.
• Falta de ar. Especialmente nos idosos, esse pode ser o principal sintoma do infarto.
• Outros sintomas incluem sudorese (suor em excesso), palidez e alteração dos batimentos cardíacos.

Nos diabéticos e nos idosos, o infarto pode ser “silencioso”, sem sintomas específicos. Por isso, deve-se estar atento a qualquer mal-estar súbito que apresentado por esses pacientes.

Câncer de Mama


Definição
O câncer de mama é uma dos tipos mais comuns de tumores malignos em todo o mundo. Calcula-se que 1 em cada 9 mulheres americanas será vítima de câncer de mama ao longo da vida. A importância do câncer de mama aumenta muito quando se lembra que a doença está associada, erroneamente, à morte e a mutilação do corpo da mulher. Como veremos adiante, os resultados do tratamento moderno têm aumentado muito as chances de cura, enquanto que a cirurgia conservadora e a cirurgia plástica vêm corrigindo a potencial mutilação causada pela doença.
Causa
Desconhecemos as causas diretas da grande maioria dos casos de câncer de mama.
Ele não tem sido associado, de maneira importante, a agentes químicos como fumo, poluição ou produtos químicos em geral, se bem que em alguns casos possa haver alguma associação com estes fatores. É possível que uma dieta muito rica em gorduras, principalmente as de origem animal, favoreça também o aparecimento de tumores de mama.
Outros fatores que têm aumentado a probabilidade de uma mulher ter câncer de mama são: -. primeira menstruação precoce,
-. menopausa tardia (muitos anos sob estímulo hormonal),
-. primeiro parto após os 30 anos de idade
-. nuliparidade (nenhuma gravidez completada).
A amamentação abundante a vários filhos pode ter um pequeno papel protetor contra o câncer, mas essa proteção parece ser desprezível. Questiona-se ainda hoje o real risco do uso de reposição hormonal em mulheres após a menopausa, que parece ser pequeno.
A incidência maior de câncer de mama em membros de determinadas famílias é conhecida desde o século XIX. Entretanto, só na década de 90 é que foram encontrados dois genes diferentes, chamados de BRCA-1 e BRCA-2 (de BReast Câncer ou câncer de mama ) que, quando defeituosos, determinam alto risco de se contrair câncer de mama e de ovário. Esses genes defeituosos podem ser passados para filhos (homens ou mulheres), numa proporção de 50%, fazendo com que os portadores dessas mutações genéticas sejam muito susceptíveis ao câncer de mama e de ovário. Nessas famílias, os casos de câncer de mama ou ovário costumam aparecer precocemente, em geral antes dos 50 anos de idade.
Hoje já se dispõe de um exame de sangue que consegue detectar as mutações dos genes BRCA-1 e BRCA-2, mas que só deve ser feito em casos bem estudados, com uma história genética compatível e com a análise dos resultados revista por profissionais familiarizados com o estudo da genética. Acredita-se que os casos de origem genética não constituam mais de 6 a 8% dos casos de câncer de mama.

Acidente Isquêmico Transitório - AIT


Definição
É a diminuição temporária do fluxo de sangue para uma área do cérebro, resultando em uma breve e transitória diminuição das funções cerebrais (inferior a 24 horas, normalmente menos do que 1 hora), com conseqüentes sintomas como fraqueza de um lado do corpo, formigamento e dormência.
Sintomas
Os sintomas normalmente atingem o máximo em 02 minutos, freqüentemente em segundos, podendo variar de um episódio a vários com a mesma característica, dependendo do território vascular atingido.
alterações visuais
perda da visão em um olho
visão reduzida
visão dupla
fraqueza
peso em perna e braço do mesmo lado do corpo
formigamento
alterações da sensibilidade
dificuldade em falar
fala enrolada
dificuldade de achar a palavra correta
perda de equilíbrio
perda da coordenação
alterações na capacidade de andar
Quando um ou mais desses sintomas se instalarem deve-se procurar um serviço de emergência para tratamento imediato. Os sintomas do Ataque Isquêmico Transitório são iguais ao do Acidente Vascular Cerebral. A diferença é que no Ataque Isquêmico Transitório os sintomas são reversíveis.
A avaliação médica imediata é fundamental. Mesmo com a reversão dos sintomas, até 40 % desses pacientes acabam repetindo, de forma definitiva posteriormente, caracterizando um Acidente Vascular Cerebral (AVC) com seqüelas e até morte. Portanto, quanto mais precoce se reconhece e se corrige os fatores precipitantes, maior a chance de sucesso na prevenção.
A investigação com exames complementares é realizada para melhor definir o tipo de lesão vascular que originou o Ataque Isquêmico Transitório. São exames não invasivos, na sua quase totalidade das vezes, e que direcionam para o melhor tratamento.


Tratamento
O melhor tratamento é identificar o Ataque Isquêmico Transitório e corrigir os fatores desencadeantes (fatores de risco).
A avaliação global do paciente deve ser realizada para ser determinado o mecanismo provável do AIT (se embólico ou ateromatoso) e consequentemente agir para diminuir a probabilidade de recorrência.
O controle da pressão arterial, do tabagismo, da diabete e da dieta é fundamental para o combate e o declínio do Ataque Isquêmico Transitório e do Acidente Vascular Cerebral. O tratamento para diminuir o colesterol e os triglicerídeos pode diminuir a doença nas artérias e conseqüentemente o AIT e o AVC. O portador de diabetes tem maior risco para doenças vasculares. O controle dos níveis de glicemia minimiza a incidência e prevalência do Ataque Isquêmico Transitório e do Acidente Vascular Cerebral.
O controle do tabagismo é importante e o abandono do hábito reduz o risco AIT. O uso de anticoncepcional aumenta o risco em cinco vezes, sendo desaconselhados em mulheres que já tiveram um evento de AIT ou que possuem mais riscos (como tabagismo e enxaqueca, por exemplo). Após a descontinuidade do uso do anticonceptivo a paciente volta ao risco basal das mulheres que nunca fizeram uso.
Mudanças no hábito de vida com maior atividade física e controle do peso são de suma importância. Com o exercício físico o paciente reduz colesterol e triglicérides, melhora o condicionamento cardiovascular com melhora dos níveis de pressão arterial, além de melhorar os níveis de glicemia, no caso dos diabéticos.
Por fim, o tratamento farmacológico depende dos achados na investigação do Ataque Isquêmico Transitório e das doenças associadas. Cabe ao médico, junto ao paciente, desenvolver a melhor e mais eficaz estratégia no combate à recorrência do Ataque Isquêmico Transitório, evitando o Acidente Vascular Cerebral e suas conseqüências.


Uma das frentes principais de batalha, que permitiu o salto nas taxas de sobrevida dos portadores de câncer no Brasil, foi a luta pela detecção precoce da doença. Graças às campanhas de conscientização e aos avanços nos métodos de diagnóstico, o índice de cura para casos em estágio inicial no Hospital do Câncer A.C. Camargo pode chegar a 80%. Esse índice cai violentamente – não chega a 20% – quando o tumor é descoberto em fase avançada. Um bom exemplo é o que aconteceu com as pacientes de câncer de mama ao longo dos últimos dez anos. O aprimoramento da mamografia, com máquinas de alta definição, permite a detecção de nódulos de meio milímetro, que passam despercebidos ao exame manual. Soma-se aos novos aparelhos a medicina nuclear – substâncias radioativas são injetadas na corrente sanguínea da paciente e "colorem" o tumor, aumentando a precocidade do diagnóstico. O maquinário não teria serventia alguma (por mais moderno que fosse) se as mulheres não se dispusessem a fazer os testes. Com os alertas da importância dos cuidados com as mamas, veiculados pela mídia, é cada vez maior o contingente de pacientes que se submetem aos exames anuais. Atualmente, de cada dez mulheres que recebem o diagnóstico de câncer de mama, sete estão na fase inicial da doença. Há duas décadas, a situação era cruelmente inversa: 70% dos diagnósticos chegavam tarde demais, quando as possibilidades de cura estavam naturalmente esgotadas ou quando a extirpação total da mama era a única arma contra a doença.



A grande revolução na luta contra o câncer é espetacular, sim, mas discreta. Sua história verdadeira raramente é contada. Ela ocorre com mudanças no estilo de vida, com o diagnóstico precoce, com tratamentos tradicionais cada dia mais eficazes e com cirurgias menos invasivas e mutiladoras. São conquistas que, pouco a pouco, transformam o câncer em patologia possível de ser prevenida e mantida sob controle. Um número crescente de casos já pode ser inteiramente curado. Há trinta anos, a leucemia infantil equivalia a uma condenação à morte. Hoje, nos melhores hospitais brasileiros, 80% dos casos são curados. Os linfomas, o câncer do sistema linfático que cresce em silêncio e cujos sintomas podem ser confundidos com dezenas de outras doenças benignas, hoje são detectados com exatidão, e a porcentagem de cura no Brasil chega a 80%. Em números absolutos, tem-se a real dimensão de quantas vidas estão sendo salvas. A cifra oficial de diagnósticos de câncer no Brasil é de cerca de 300.000 novas vítimas por ano. Os especialistas, no entanto, admitem que a subnotificação dos casos é flagrante na rede nacional de saúde e que o número real de pessoas que desenvolvem câncer é no mínimo três vezes maior. Os médicos do Hospital do Câncer A.C. Camargo, de São Paulo, centro de referência na América Latina para o tratamento da doença, sustentam que batem em 1 milhão os novos casos de câncer por ano. Um milhão é também um número mais afinado com as estimativas que a Organização Mundial de Saúde faz para países com população semelhante à do Brasil. Dificilmente se terá a quantidade precisa. Da mesma forma, não se sabe com exatidão quantos são hoje os brasileiros vivos que padecem da doença. Mas talvez o que mais interesse aos doentes seja que na contabilidade diária dos consultórios e hospitais o número de tratamentos bem-sucedidos contra o câncer tem se multiplicado.