A fibromialgia é uma condição crônica caracterizada por dor muscular e articular generalizada, assim como pontos específicos de sensibilidade aumentada, principalmente no pescoço, coluna, quadris e ombros. Embora possa acometer todas as faixas etárias, a fibromialgia acomete mais indivíduos entre os 35 e 50 anos, tendo uma preferência notável por mulheres (cerca de 10 a 15 mulheres para cada homem).
É uma doença de distribuição universal, não havendo diferença quanto a raça, cor ou condição sócio-econômica. Os estudos de prevalência mostram que cerca de 3 a 5% das mulheres adultas e 0,5 a 0,8% dos homens sofrem dessa doença. No Brasil, estima-se que 5% das consultas em clinica médica e 30% das consultas em reumatologia, sejam devidas à fibromialgia.
O que causa a Fibromialgia?
A fibromialgia não tem uma causa definida, sendo influenciada por alterações climáticas, estresse emocional, grau de atividade física, etc. Dentre as diversas possíveis causas de fibromialgia estão: distúrbios infecciosos (infecção pelo HIV, por exemplo), reumatológicos (lúpus), endocrinológicos (hipotireoidismo), neurológicos, neoplásicos (mieloma múltiplo) e mesmo psiquiátricos (distúrbios de ansiedade).
Como é feito o diagnóstico?
Por não haver qualquer tipo de exame laboratorial ou exame específico de confirmação, o diagnóstico da fibromialgia baseia-se na queixa de dor crônica difusa (acima, abaixo e em ambos lados da cintura) por pelo menos 3 meses, associada ao achado de no mínimo 11 dos 18 pontos dolorosos, definidos pelo Colégio Americano de Reumatologia. Um ponto é considerado doloroso quando o paciente sente dor aplicando-se uma força de aproximadamente 4Kg. Um dos pontos dolorosos é a região lateral das nádegas, na sua parte mais alta.
É importante frisar que o diagnóstico de fibromialgia não elimina a necessidade de investigar a presença de outras doenças, especialmente em pacientes mais idosos.
Outras doenças podem ter sintomas semelhantes aos da fibromialgia?
Devido ao grande número de sintomas que podem ser encontrados, deve ser feito diagnóstico diferencial com outras doenças como hepatite, hipotireoidismo, diabetes mellitus, distúrbio eletrolítico, esclerose múltipla e câncer. A presença concomitante de qualquer outra doença não exclui o diagnóstico de fibromialgia.
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